O prefeito, o homem eclético, tenta de tudo, mas nada consegue

Paulo-Azevedo_Lucio-Vieira

Durante a campanha eleitoral o hoje prefeito conseguiu aglutinar ao seu redor várias, e distintas correntes políticas. Angariou o apoio do cacique Emerson Leal, teve seu vice um representante do PT e o ressentido PMDB estadual o apoiou, na esperança de ainda ter um pouco dos votos livramentense.

Com o povo ele fez da promessa fácil o mote de campanha. Falando o que o povo queria ouvir venceu as eleições. Na chefia do executivo municipal tem visto seus apoiadores se afastarem. Ao PT não honrou os compromissos, como tem sido falado por seu vice, Gerardo Júnior. Segundo fontes ligadas ao cacique Emerson Leal, este não mais o apoia e não deseja seu nome ligado ao do prefeito, mas, por enquanto, mantem o apoio oficial do seu grupo, principalmente na Câmara de Vereadores. Neste colegiado nunca teve integral aprovação do partido do seu vice.

Enquanto luta para cooptar lideranças o povo nas ruas demonstra desaprovação à sua gestão. Nos programas populares, nas rádios da cidade, são muitas as reclamações, principalmente na área da saúde, infraestrutura e educação. Vendo seu apoio minguar ele articula nos bastidores, batendo em todas as portas novamente.

Até mesmo na esfera religiosa ele passeou: Tem um Padre como Ouvidor Municipal, financiou a festa da padroeira católica da cidade e também agradou aos evangélicos com a “Marcha para Jesus”

A eleição nas esferas superiores se avizinha, feito um bêbado ele caminha em todas as direções. Enquanto faz visita aos Vieira Lima, participa de encontro do PSD e tira foto abraçado ao candidato do PT, partido do seu vice. Se no pleito municipal ele agregou todo tipo de apoio, agora ele pensa que poderá rezar para todo tipo de santo?

Comenta-se que o cacique Emerson Leal questiona o valor do seu apoio ao filho Nelson Leal. A duvida é se somará ou subtrairá mais. Também se comenta que ele cogita em apoiar outro, que não o filho do cacique. Diante de tantas interrogações o tempo vai se tornando exíguo para definições.

Enquanto isso, sem luz própria, o prefeito “se vira nos 30” e não concretiza satisfatoriamente nenhuma promessa de campanha, que fez tanta questão de chamar de “compromisso”. Alardeou ser especialista em saúde: a saúde é a pior dos últimos 20 anos; alardeou ser amigo do Secretário Estadual de Saúde: nada conseguiu com este, até o momento; alardeou já ter conversado com o Secretário de agricultura para trazer melhorias para o setor, mas na pratica nem se ouve falar nesta secretaria. Falta-lhe apoio político, mas mesmo assim ele está de gabinete em gabinete, em Brasília, ouvindo coisas que gosta de ouvir e prometendo votos para todo mundo.

Os jovens continuam esperando, desde a Praça da Juventude, até a compra de uma sede própria para a Casa dos Estudantes. As Mulheres estão esperando o Centro de Proteção, a população do Taquari espera a melhora na Ponte (entre outras coisas), enquanto que a população de Iguatemi espera o Hospital e toda a população de Livramento espera a UTI.

Entre amor e decepção a população esperou, pelo menos, uma mensagem de esperança no Natal/fim de ano, mas esta também não apareceu. Resta, ao povo, esperar que uma Bacharela em Direito, sem registro na OAB, resolva os problemas das finanças do município e que algo de bom possa acontecer para o bem da nossa terra.

Quem quer agradar a todos não agrada a ninguém, já dizia o filósofo suíço, Jean-Jacques Rousseau.